Foi tudo muito rápido. A aeronave foi se inclinado até começar a girar
em torno de si mesma. Logo ela girava rápidamente em uma queda vertiginosa.
- Deus nos acuda! – gritou o comandante.
No interior da aeronave, o pânico havia tomado conta dos passageiros,
sem entender o que se passava. Gustavo viu alguém ser arremessado pelo corredor
da aeronave e esborrachasse de encontro à porta da cabine da tripulação. Em
seguida uma senhora veio cair sobre ele. Estava com os olhos arregalados de
tanto pavor. Sentiu que ela se agarrou no seu paletó com muita força. Depois
ela soltou-se e foi também de encontro a porta da cabine de comando. Os
passageiros gritavam desesperados.
A aeronave com o nariz totalmente para baixo girava em queda livre
velozmente. Em alguns segundos começou a se desintegrar completamente. Gustavo
ainda teve tempo de ver pela janela, uma das asas da aeronave ser arrancada.
Imaginou que acontecia a mesma coisa com a outra. Em seguida ele viu quando uma
parte de trás da aeronave também foi despedaçada, soltando-se da fuselagem. Não
conseguia mais respirar. Sentiu uma forte vertigem.
Não viu mais nada. De repente era um silêncio profundo e tudo havia
escurecido. Nada se fazia sentir, tão pouco ouvir.
Foi tudo que lembrou ao despertar entre um amontoado de ferro e
alumínio espalhados por todos os lados.
Não estava entendendo nada do que acontecia. Via corpos espalhados para
todos os lados e bem ao seu lado, viu seu próprio corpo completamente
desfigurado. Sentiu náuseas ao ver que aquele era o seu corpo. Ouvia gritos
apavorados de pessoas. Ouvia choro de crianças gritando a procura de suas mães.
Estava tudo muito confuso em sua mente.
- O que está acontecendo, meu Deus? – se perguntou atônito e
desorientado.
Neste instante em Brasília o controlador de vôos não ver mais a
aeronave no radar. Ela havia sumido. Na torre de controle eles entram em
contato com Manaus, que também confirma o desaparecimento da aeronave na tela
do radar.
Ainda no local onde o avião havia caído, Gustavo bastante aturdido,
ouviu uma criança gritando por sua mãe, e outra agarrada aos pais perguntando o
que havia acontecido. Olhou a sua volta e só via pessoas de formas esquisitas, diferentes
do que costumava ver. Também, assim como ele, estavam desorientadas. Viu que estas
pessoas andavam por entre os destroços da aeronave, como se procurassem algo.
Então, aos poucos ele começou a entender o que se passava. E logo entendeu
que todos estavam mortos. O que via era nada menos que os espíritos dos
passageiros mortos. Apavorou-se diante desta descoberta. Preferiu pensar que se
tratava de um pesadelo. Não podia estar morto. Tinha que estar vivo.
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