quinta-feira, 7 de janeiro de 2016



UM TRECHO DESTE ROMANCE PARA QUE SE DISTRAIA UM POUCO

- Claro. Evoluímos após nos aperfeiçoarmos através da reencarnação. É preciso reparar os erros cometidos no passado de cada um de nós.
- E o que quer me mostrar?
Muhard não respondeu, apenas fez um gesto com uma das mãos e diante de mim surgia uma espécie de abismo em pleno espaço.
- O que é isso? – perguntei assustado.
- O vale dos suicidas – respondeu Muhard.
- Vale dos suicidas?
- Sim. O plano para aonde todos os suicidas vão quando tiram suas próprias vidas. Todos os dias, na mesma hora que eles cometeram esta loucura, eles revivem o que fizeram com suas vidas, e diante deles aparece como tudo seria diferente se tivessem ficado se eles não cometessem suicídio. Tudo teria se resolvido, mesmo que demorasse algum tempo. Não sabiam eles, que ao cometerem suicido, interromperam um plano cósmico que havia sido posto para que fosse por eles vivido. Eles romperam um elo ao qual estavam interligados, afetando assim a vida das pessoas. Cada ser está de alguma forma interligada a outra pessoa e quando acontece deles conterem suicídio, esta ligação é desfeita, mudando completamente a vida do outro. É como se o suicida tivesse colocado um ponto final no que o cósmico tivesse planejado para ser vivido por ele.
- Então, diante do que me revela existe destino.
- Está enganado. O cósmico apenas providencia determinados acontecimentos para que se cumpram os carmas. Nenhum carma é cumprido de forma aleatória. É por isso que dizemos, que nada acontece por mero acaso.
O abismo que me era mostrado por Muhard, era tétrico, escuro, profundo, horripilante e macabro.
- E eles terão outra chance? Ou viverão este tormento eternamente?
- Depende dos seus arrependimentos. Mas se voltarem a vida, voltarão em péssima situação e terão uma vida difícil. Terão que superar inúmeras dificuldades e seus carmas serão maiores que os demais.
- Por que isso?
- Para darem mais valor a suas vidas. Terão que superar a si mesmos.