Eu e o Espírito de Frederic Dupree



Eu e o Espírito de  Frederic Dupree


Ano - 1973.
Era uma noite de sexta-feira em Salvador e chovia muito.
Estava cansado, mas mesmo assim queria ler um livro de Chico Xavier “Paulo e Estevão”. Havia comprado numa livraria perto de onde trabalhava na hora do almoço.
E desde que o comprei que queria ler aquela obra.
Já havia lido quase um capitulo, quando de repente, parecia que eu estava em outro lugar.
Era como se eu estivesse dormindo, porém eu tinha consciência de tudo a minha volta.
Olhei a minha volta e então vi algo. A principio uma nevoa, e logo depois um homem de cabelos grisalhos, estatura mediana e semblante que inspirava confiança.
Então ele me falou:
- Não receie. Chamo-me Frederic Dupree. Vim para ajudá-lo na senda da espiritualidade. De agora em diante, estarei sempre ao seu lado.
Depois que disse isso ele desapareceu.
Eu era novato na doutrina Espírita. Pouco ou quase nada sabia. Havia pouco mais de um mês que me interessava por esta religião. Todas as terças-feiras eu frequentava um centro do tio de um colega de trabalho. E foi este o inicio de tudo. Na próxima teça-feira no dito centro eu teriam uma surpresa.
Quando este dia chegou, eu e minha esposa ficamos como de costume sentados na primeira fila de cadeiras. Mas o cósmico parece que não queria mais isso.
O tio do meu colega de trabalho, Sr. Melchiades, olhou para nós e nos convidou para sentarmos ao seu lado na mesa de trabalho espiritual. Confesso que me senti um tanto constrangido, afinal eu era o mais novo daquele centro e achava que ele estava fazendo isso por ser colega do seu sobrinho. Porém atendi e fui sentar-me ao lado dele.
Os trabalhos iniciaram e uma mulher do outro lado da mesa manifestava algum um espírito com problemas espirituais. Melchiades estava agora convencendo o tal espírito a deixar este plano, quando eu tive uma sensação estranha. Não via direito a minha volta. Parecia que tudo sumia.
Apaguei.
Quando voltei a mim, as pessoas a minha frente estavam atônitas olhando-me com certo espanto. Melchiades orava e agradecia a Deus bem ali ao meu lado e dava a seção por encerrada.
Foi então que as pessoas vieram me cumprimentar. Davam-me parabéns e eu sem saber a razão.
Então minha esposa a caminho de casa me explicou o que tinha acontecido.
Simplesmente eu havia levantado e dissertado sobre Deus. Havia feito comparações incríveis de como poderíamos conceber Deus. De como comprovar Sua existência. Disse que enquanto eu falava, parecia que minha voz penetrava fundo nas pessoas. Que teve gente que chorou. Era uma voz macia, leve, cheia de clamor e um toque de sonoridade diferente das vozes que estamos acostumados a ouvir.
Desde então, todas as terças-feiras, as pessoas iam a aquele centro para ouvi Frederic Dupree. Seus ensinamentos eram incríveis.
Eu estava cheio de fé. Transpirava espiritualidade. Lembro de minha filha com tifo, e o medico a desenganá-la dando 24 horas de vida a ela. entao eu corri em prantos e me tranquei no quarto para orar e pedi:
“Deus Pai Misericordioso. Tira a minha vida, mas deixe que ela viva. Daí a mim o peso dos seus carmas que eu assumo todos eles, mas a deixe viver”.
No dia seguinte minha filha amanheceu curada pedindo comida. O médico não sabia o que dizer. Não importava. Ela estava curada e eu feliz.
E assim foi por muitos anos que eu continuei a frequentar o centro espírita.
Porém, no inicio de 1975, ele veio a mim e disse:
- A partir de hoje, não mais usarei seu corpo para me manifestar. Apenas manterei contato diretamente com você. Deve abandonar agora o centro espírita que frequente e aguardar meu chamado.
Eu não entendi que chamado seria este? Mas obedeci ao que ele havia dito. Deixei sobre protestos da minha esposa de frequentar o centro espírita do Sr. Melchiades.
Os meses passavam e eu apenas continuava a ler meus livros espíritas.
Um dia, quando ia para meu trabalho, comprei a revista “Mecânica Popular” uma edição em espanhol. Eu nem sabia ler em espanhol, mas algo me fez comprar aquela revista. Enquanto folheava a revista, vi um anuncio de uma escola de Mistérios Divinos que poderiamos dominar e Misticismo. Dizia que enviando o endereço receberia uma revista grátis – O Domino da Vida da Ordem Rosa Cruz. Gostei daquilo que li.
Ao entrar na minha sala, fui ate um colega que eu nunca havia conversado a respeito de espiritualidade e mostrei a ele o tal anuncio e disse:
- Vou pedir este livreto.
Ele ficou me encarando por alguns segundos e perguntou:
- Por que quer este livro?
- Não sei dizer. Apenas gostei do que ele fala aqui e sinto que preciso aprender isso que ele diz que pode ensinar.
- Não precisa mandar pedir o livreto. Eu tenho um em casa e depois do almoço te trago.
Fiquei boquiaberto. Não esperava aquela atitude, não dele, pois nunca havíamos trocado uma só palavra sobre espiritualidade.
Ele sorriu antes de dizer.
- Muitos são os chamado e pouco os escolhidos.
De fato ele trouxe o livreto e dentro uma proposta de filiação da Ordem Rosa Cruz.
Me filiei de daí em diante descobri um novo horizonte espiritual.
Um dia Frederic Dupree apareceu e disse:
- Este será teu novo caminho. Siga-o com lisura e humildade.
Anos mais tarde, em 1980, eu fiz um acordo com a Petrobrás. Era lá que eu trabalhava há mais de 20 anos. Recebi uma fortuna neste acordo. Queria montar um colégio em Teresina – PI, minha terra natal e mudei com minha família para esta cidade. Comprei carro, alguns terrenos, e montei uma bela casa para minha família. Estava bem de vida. Um bom emprego me ajudava a manter a família.
Durante os estudos da ordem Rosa Cruz, passamos por iniciações para atingirmos novos graus nos estudos. Eu teria que fazer uma destas iniciações me breve.
Frederic Dupree então me disse:
- Nesta próxima iniciação terás que fazer uma difícil escolha. Terá que morrer e renascer. Como Fenix. E a escolha será feita de acordo com tua consciência.
Na noite da iniciação eu ali estava pronto. Li o ritual e procedi como era instruído.
De fato parecia que eu havia morrido. Já não sentia e via mais nada, porém me sentia vivo. Via meu corpo sentado numa poltrona e a minha volta era silêncio absoluto. Então ouvi uma voz dizer:
“Tens uma escolha a fazer. Se desejar dedicar tua vida a espiritualidade, nunca terá riquezas terrenas. Se desejares apenas continuar teus estudos poderá desfrutar dos bens matérias, mas nunca passarás disso. Serás apenas um estudante de misticismo como muitos outros. O que escolhes?”
Escolhi a primeira opção.
Em dois anos eu estava completamente pobre. Nunca conseguir nada no campo comercial que pudesse me render dinheiro. Porém ajudava muita gente espiritualmente e a outras ate a ganhar mais dinheiro.
Nunca me arrependi pela escolha que fiz.
Em 2002 Frederic Dupree narrou o roteiro do romance “O Espelho”. Disse que ali teria revelações que deveria ser editadas. Dividi em 3 volumes. Dois eu já publiquei. Falta o último volume.
Em 1984 Frederic Dupree me diz.
Já alcançaste os graus mais elevados da Rosa Cruz. Agora deve abandonar e serás iniciado no Grande Irmandade. Uma Ordem estritamente que existe no plano espiritual. Poucos como tu são aceitos nesta Ordem. Deverá dar amor as pessoas incondicionalmente. Teu ingresso será feito mediante a um ritual de iniciação que eu mesmo vou dirigir.
Meses depois eu realizava meu ritual de iniciação para meu ingresso na Grande Irmandade. O ritual das 7 Portas e 7 Chaves. Este ritual é dividido em duas etapas. Recebi uma “chave” e que 3 estados brasileiros estariam com as portas fechadas para mim. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Somente ao realizar a segunda etapa do ritual elas voltariam a estar abertas. E por merecimento, foi me dado a conhecer 3 pessoas de minhas vidas passadas. Um ex-esposa e duas filhas. Até hoje mantenho contato com estas pessoas.
Por fim, em 2010 eu realizei a segunda etapa deste Ritual em Minas Gerais. Só então é que ingressei na Ordem da Grande Irmandade.
Agora aguardo sua ultima revelação. Algo de muito importante ele vai devia revelar-me. E acreditem, a ultima revelação foi sobre uma de minhas vidas passadas que resultou no conhecimento de minha doce e amada Daísa.  São Paulo era uma das cidades proibidas pra mim. acho qiue era porqeu eu deveria esperar o momento certo chegar. Foi visitando esta cidade que toda a minha vida se transformou. hoje sou feliz a minha maneira e ao lado de Daísa. E devo em  muito a este grande espírito Frederic Dupree.


Paz Profunda a todos.