Um romance espirita com bastante suspense.
Conta a historia de um homem que nao tinha religião e não acreditava em nada.
De repente fatos passam a acontecer em sua casa. Aos poucos estes acontecimentos vão aumentando e passam a causar-lhe tormentos. Esposa e filha o abandonam diates de tantas manifestações grosseiras.
Sua vida se torna num tormento. Suas noite são perturbadas e ele ja sem saber a quem recorrer, fica desesperado. Vai a um centro espirita em busca de ajuda e uma entidade o encoraja a resistir, e diz que ele vai poder dominar tais espíritos que o atormentam.
Deverá ser lançado em novembro 2014
Um pequeno trecho deste romance:
PARTE - 1
Wagner
ainda estava envolto com seus pensamentos, quando percebeu que não estava
sozinho. Havia alguém na sala, mas ele não via quem era.
Encheu-se
de coragem e perguntou:
-
Quem está aí?
Silêncio.
Ninguém respondeu e ele então disse:
-
Não precisa se esconder. Pode falar que eu escutarei você.
O
silêncio permaneceu.
Agora
Wagner se sentia seguro e sem medo. A sala continuava em silêncio sem míngüem falar.
Apenas a TV ligada era o único som naquela sala.
Ele
deu de ombros e levantou-se. Desligou a TV para ir dei-tar-se, e no momento que
a desligou, ouviu algo como passos no fundo da sala.
Então
tem mesmo alguém aqui – pensou. Fez de conta que não se importava e dirigiu-se
para seu quarto. Foi quando ouviu uma voz de uma mulher dizer:
-
Todos estamos sabendo que consegues conversar com os mortos. Preciso de tua
ajuda.
-
Ultimamente é o que mais tem me aparecido, são pedidos de ajuda. O que deseja
de mim?
-
Que vá curar a minha filha.
-
Não sei curar ninguém.
-
Sabe sim. Não me negue este pedido, por favor.
-
Se foi porque eu ajudei na cura daquela criança no Centro Espírita, garanto que
nem sei com fiz aquilo
-
E o aleijado da frente da igreja? E o braço daquela mulher em Pelotas?
Wagner
não entendeu o que ela falava.
-
Não curei ninguém...
-
Pode até não saber que curou, mas estas pessoas foram curadas por você.
-
Não sei nada sobre isso. Você é quem está dizendo.
-
Sim, digo por que foi verdade.
-
E o que tem tua filha? Que idade ela tem?
-
Morri de parto faz dois anos no teu mundo. Ela é ainda um bebê. Tem uma semana
que está com uma febre que não passa. Os médicos são poderão atender daqui a
uma semana. No ambulatório não fizeram praticamente nada. Apenas lhe deram antitérmicos
e soro. Se ela não receber ajuda imediatamente, vai morrer.
-
E como eu chego até a sua filha? Ela mora aonde?
-
Mora aqui mesmo em Porto Alegre. Pegue a rua Pandiá Cológeras. Desça até
encontrar uma casa verde recuada. Minha irmã Sofia é quem cuida dela. Diga
apenas que “Doquinha” pediu pra você ver a criança. Ela vai entender de quem se
trata.
PARTE - 2
-
Vai rezar? Que lindinho! Reze “seu” otário!
Walter
estava rezando em voz alta e o espírito parecia fazer pouco daquela oração.
Aproximou-se mais de Walter e perguntou:
-
Para onde a sua esposa foi? Ela te abandonou não foi? Que pena... Eu ia fazer
você matá-la a golpes de facadas.
Quando
Walter ouviu isso, arregalou os olhos e exclamou:
-
Como é que é? Eu matar minha esposa? Você tá louco?
-
E porque não? Eu matei a minha com 15 facadas. Por que você não mataria a sua?
-
Você é um louco assassino!
-
E só agora que percebeu?
Walter
suava frio. Estava com mais medo ainda daquele espírito. Não o encarava. Falava
colocando as mãos nos olhos.
“E
se ele me fizer cometer suicídio” – pensou apavorado.
-
Te fazer cometer suicídio e perder meu brinquedinho preferido?
-
Você leu meus pensamentos?
-
Sempre leio. Contigo eu posso tudo.
-
Ainda vai pagar caro no plano em que vive, por tudo que está fazendo.
-
O que tu entende de espiritualidade, “seu” babaca? Tu não entendes nada da
dimensão em que eu vivo. Onde vivo é tudo trevas. Só se ouve gritos de dor e
gemidos. Tudo fede... Um fedor de podre, misturado a cheiro enxofre. Espíritos
que não tem onde se esconder, e são atormentados pelos seus próprios
pensamentos e lembranças passadas de quando aqui viveram. Espíritos que tremem
de frio e não tem como se agasalhar. Espíritos outros, que parecem queimar até
suas entranhas.
Ele
fez uma pausa e foi até o guarda-roupa, para então jogar algumas peças no chão.
Wagner
se tremia de medo. De olhos fechados, procurava rezar, mas não lembrava a
oração.
O
espírito olhou para Walter e disse:
-
Anda covarde! Vem apagar este fogo antes que tu queime dentro desta casa.
E
as roupas no chão começaram a pegar fogo.
Walter
ficou em pânico. Correu até a cozinha e voltou de lá com uma panela cheia de
água, aos gritos.
-
Pelo amor de Deus! Apague este fogo – gritou apavorado.
-
De que Deus tu fala? – e deu uma gargalhada cheia de prazer que ecoou por toda
a casa.
Agora
o espírito bailava no ar acima do fogo.
Wagner
voltou correndo até a cozinha para apanhar mais água. Voltou e derramou no que
restava de fogo nas roupas.
Sentou-se
no chão tremulo.
Seus
pensamentos estavam desordenados diante do que via acontecer. Não se sentia
mais seguro dentro de casa. Aquela criatura era capaz de tudo. Sentia-se só e
desprotegido. Já não sabia mais o que fazer e nem a quem recorrer.
Aquilo
tudo não podia estar acontecendo com ele. A cada aparição daquele espírito ele
vinha com algo diferente.
O
que ele ia fazer na próxima vez que viesse? – se perguntou assombrado – porque
isso acontecia com ele?
Viu
quando o espírito deslizou em pleno ar e ficou diante dele flutuando a altura
de sua cabeça, e então o ouviu dizer:
-
Adoro me divertir contigo. Tu és um fraco. Gente fraca como tu merece sofrer, e
isso me dá prazer. Quando eu vivi neste teu mundo, adorava queimar cães. Me
divertia vendo eles saírem gritando e correndo em chamas. Dava drogas para os
mendigos em baixo do viaduto, e depois que eles estavam drogados eu me divertia
batendo neles. Estou com vontade de fazer isso contigo. De botar fogo no teu
corpo e te ver sair correndo aos berros.
Wagner
estremeceu todo ao ouvir esta ameaça. Estava ficando tonto, tal o pavor que se
encontrava. Já não conseguia ver bem nada a sua frente. Queria pedir por
socorro, mas sua garganta estava seca e não conseguia emitir um único som. Tudo
escurecia a sua frente.
Ainda
ouviu o espírito dizer:
-
Seu frouxo!
PARABÉNS QUERIDO, DA VONTADE DE LER MAIS E MAIS
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