Natal
Eu
ficava revoltado. Meus primos ganhavam até 5 presentes e caros.
Eu
ganhava apenas um. Não entendia.
Acreditava
em Papai Noel e ficava me perguntando, por que meus primos mereciam mais do que
eu.
Acabava
desprezando o presente que havia recebido.
O
Natal havia novamente chegado e meu irmão então disse: “Não existe Papai Noel.
É nosso pai quem compra e coloca os presentes”.
Parecia
que o mundo havia desabado sob meus pés. Aquele sonho de um velinho bondoso
havia acabado. A fantasia mágica de um velinho que saída distribuindo presentes
era apenas uma mentira.
Desde
então passei a não gostar mais do Natal.
Mamãe
me consolava dizendo: “É o aniversario de Cristo. Um dia de confraternização”.
E
eu respondi:
-
Cristo morreu, e continuam matando Ele todos os dias.
E
quando eu cresci mais, via nas frentes das lojas, outras crianças que como eu
acreditava em Papai Noel. Observei que muitas crianças pobres tinham um olhar
triste. Elas sabiam que não iam receber presentes.
Mais
revolta se apoderou de mim.
Como
é triste este dia de Natal!
Carlos
Neves